sexta-feira

Cartas, e agora os blogs, a iniciação do escritor


As cartas já foram, antes do surgimento dos novos meios de comunicação, a tônica da comunicação à distancia e, há quem ache – como eu – que apesar das virtudes e vantagens dos novos meios, a carta continua insubstituível em termos de comunicação, contato efetivo, reflexivo, consistente e sobretudo, densa, ou não superficial.

Para autores e/ou escritores, por exemplo, a carta prestou um serviço inestimável, não só de contato efetivo entre seus pares, como tambem como um exercício, senão aprendizado literário. Muitas coletâneas de cartas se tornaram grandes obras literárias e, ainda hoje, são publicadas com sucesso, como o caso recente de Franz Kafka que mostra intensa correspondência com um amigo, e que revela muito, não só das obras do autor, como aspectos de sua personalidade que, inclusive, ajudam a compreender melhor o seu próprio processo criativo.

Grandes entusiastas das cartas no Brasil foram o Mario de Andrade e Monteiro Lobato que manteve - este último - correspondência com um amigo por 40 anos, e que acabou publicando no livro: A barca de Gleyen. Pelo que se sabe, hoje, quase não se usa a carta com este proposito, e com isso perdem muito os aprendizes de escritor que não teem oportunidade de “trocar figurinhas” com um amigo ou candidato a escritor como ele, exercitando o “vernáculo”, o jeito, senão o estilo.

Aos novos aprendizes resta o blog, onde pode conferir a quantas andam as suas “habilidades” antes de se aventurarem a bancar e/ou lançar um livro.

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