sexta-feira

Mario Vargas Llosa. Porque escrevo...

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Escrevo porque aprendi a ler quando criança e leitura me deu tanto prazer, me fez viver experiências tão ricas, transformou a minha vida de uma maneira maravilhosa que suponho que minha vocação literária foi como uma transpiração, uma manifestação desta grande felicidade que me deu a leitura.

De certa forma o escrever tem sido o reverso do complemento indispensável dessa leitura, que para mim continua sendo a experiência máxima e mais enriquecedora, a que mais me ajuda a enfrentar qualquer tipo de adversidade ou frustração. Por outro lado, escrever, que em princípio é uma atividade que incorpora a sua vida com a vida dos outros, com o exercício, vai transformando a sua maneira de viver, tornando-se a atividade central a que organiza absolutamente a sua vida.

A famosa frase de Fleubert que sempre cito: “Escrever é uma maneira de viver”. No meu caso tem sido exatamente isto. Se converteu no centro de tudo que faço, de tal maneira que não conceberia uma vida sem escrever e, por extensão, o seu complemento essencial, a leitura.


Mario Vargas Llosa, escritor, jornalista, ensaísta e político peruano. Nobel de Literatura de 2010.
Algumas obras do autor: O Sonho do Celta, Travessuras da Menina Má, A casa verde, A Guerra do Fim do Mundo, A Festa do Bode, A cidade e os cachorros, de um total de 38 obras de todos os gêneros.


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