quarta-feira

Porque os pseudônimos?


Os pseudônimos foram largamente usados no passado por grandes escritores como mecanismo de autoproteção, notadamente, em suas primeiras publicações, por temerem a “língua dos críticos” e como uma forma de não queimarem as suas carreiras de saída. 

As mulheres tinham mais motivos ainda, visto que poderiam ser julgadas não pela qualidade de suas obras, mas, preconceituosamente por uma questão de gênero.

Neste texto abaixo, a Charlotte Brontë, autora de Jane Eyre, sua obra mais conhecida, e uma das irmãs irlandesas Brontë, inclusive a Emily Brontë, de O Morro dos Ventos Uivantes, justificou o fato das três irmãs terem adotado um pseudônimo masculino na publicação de uma coletânea de poemas.  
 Não gostávamos da ideia de chamar a atenção, por isso escondemos os nossos nomes por detrás dos de Currier, Ellis e Acton Bell. A escolha ambígua foi ditada por uma espécie de escrúpulo criterioso segundo o qual assumimos nomes cristãos, claramente masculinos, já que não gostamos de nos declarar mulheres, uma vez que naquela altura suspeitávamos que a nossa maneira de escrever e o nosso pensamento não eram aqueles que se podem considerar ‘femininos’. Tínhamos a vaga impressão de que as escritoras são por vezes olhadas com preconceito e tínhamos reparado como os críticos por vezes as castigam com a arma da personalidade e as recompensam com lisonjas, na verdade, não são elogios.  

Um episódio que lembra um “pseudônimo famoso” é o que se refere à controvertida identidade do William Shakespeare: Shakespeare existiu, realmente?, segundo o qual não passaria de um pseudônimo do filósofo, politico e ensaísta Sir Francis Bacon (1561 – 1626). 

 

Se gostou deste post, subscreva o nosso RSS Feed ou siga no Twitter, para acompanhar
nossas atualizações


Share/Save/Bookmark

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todo comentário em artigos, com qualquer data, será bem vindo, lido, apreciado e postado.
Sinta-se à vontade!