sábado

Cobrador transforma ônibus em biblioteca itinerante

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Surpreso (a)! Como pode ver qualquer pessoa, inclusive você, pode colocar “a mão na massa” e contribuir para a divulgação, por que não, democratização, do acesso ao livro e à leitura no país. Não importa o tamanho nem o alcance de sua contribuição, o importante é que faça algo.

   "Quem anda na linha circular Sobradinho II e Plano Piloto, no Distrito Federal, em Brasília, tem seu caminho encurtado pelas boas histórias que saem dos livros emprestados pelo cobrador Antonio da Conceição Ferreira. Há pelo menos onze anos, ele vem tornando seus passageiros em leitores. Natural do Maranhão, Ferreira desembarcou em Brasília há 21 anos. Vindo de uma família humilde, sempre estudou em escolas públicas e, apesar da falta de incentivo, sempre gostou de ler, um hábito que levou para seu local de trabalho.
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Desde 2000, ele trabalha em uma empresa de transporte coletivo e foi quando percebeu o interesse que as pessoas tinham pelo livro que lia no percurso, entre um troco e outro, que surgiu a ideia de criar uma rede de empréstimo. O projeto também foi impulsionado quando uma passageira lhe emprestou “Capitães de Areia”, de Jorge Amado, após perceber seu interesse pela leitura. Batizada de “Cultura no Ônibus”, a iniciativa é um estímulo para formação de novos leitores. Em especial, pelo fato do perfil dos passageiros ser de pessoas de baixa renda, que passam boa parte do tempo na rua.

Romance, poesia, autoajuda, infantil, de literatura brasileira a estrangeira há títulos para todos os gostos. O cobrador entra um pouco antes do horário no ônibus e pendura o porta-livro, que ele mesmo encomendou, entre as cadeiras do veículo. Além da casa, onde mora com a esposa e os filhos, ele paga um aluguel de um quarto para guardar seu acervo de mais de oito mil livros. “Tenho dois filhos e busco diariamente incentivá-los a ler, estudar e produzir conhecimento, pois sei que sem cultura em um ambiente competitivo, como é o mundo de hoje, eles não terão grandes possibilidades de se realizarem. Acredito muito na leitura como forma de mudança social e busco cada vez mais difundir esse maravilhoso hábito”. (Em ciclovivo)

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