Uma coisa surpreendente são as estatísticas sobre livros e autores mais vendidos e menos lidos. O Humberto Eco, por exemplo, que teve com o Nome da Rosa, um recordista de vendas nas listas de best-sellers, o desconfortável título de o menos lido, em uma lista de títulos notórios aferida em pesquisa.
O livro Harry Potter e o Cálice de Fogo, com 640 páginas de J.K. Rowling, foi o segundo da lista, nesta pesquisa feita na Inglaterra a época do seu lançamento entre os 10 livros menos lidos, embora, como se sabe, tenha batido todos os recordes de venda, não só na Inglaterra.
Na mesma pesquisa, o Alquimista de Paulo Coelho, ficou em 7º lugar. Outro conhecido em listas desse tipo, o Ulisses de J.Joyce, que ficou em 3º é notoriamente um livro muito citado em todo tipo de artigos, teses ou trabalhos acadêmicos e literários, mas muito pouco lido.
Aliás, citações sempre impressionam e dão a idéia de erudição, mas elas ocorrem em grande parte – como poderia dizer? – em cadeia: cita-se a partir de uma citação anterior, que por sua vez serve de “inspiração” para a próxima, e assim contínua indefinidamente.
Mas, voltando à pesquisa, entre as justificativas para o fenômeno – comprar e não ler – tem respostas interessantes como aquela de 55% dos entrevistados que confessaram comprar livros não para lê-los, mas como enfeite ou para dizer que tem. Outros motivos alegados foram o cansaço, a falta de tempo, a TV e o computador, além do que, para muitos, o número de páginas é desestimulante, é claro!
Mas, acredito que são leitores eventuais ou leitores de “Best Sellers”, o que comprova que os modismos turbinados pela mídia têm suas limitações, embora, as vendas generosas dificilmente desagradem aos seus autores, por mais que se tornem notórios com estes recordes – como poderia dizer? – “negativos”.
Mas, acredito que são leitores eventuais ou leitores de “Best Sellers”, o que comprova que os modismos turbinados pela mídia têm suas limitações, embora, as vendas generosas dificilmente desagradem aos seus autores, por mais que se tornem notórios com estes recordes – como poderia dizer? – “negativos”.
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