segunda-feira

Acha que o Brasil tem excesso de festivais e concursos literários?

Recentemente li uma entrevista onde um professor de uma grande universidade paulista investia contra o que considerava aumento dos concursos literários e festivais de literatura no país, pois, segundo ele, isso levaria a uma queda da qualidade do gênero.

É uma visão elitista que deve considerar a produção literária, o livro e a leitura como uma área restrita a academia ou a uma elite letrada (?) e/ou intelectualizada para, inclusive, dar argumento àqueles que gostam de enaltecer o nível de produção litrária e leitura dos países da “metrópole” ou países desenvolvidos e esculachar com as estatísticas nacionais.


Já comentamos aqui como a França que tem um dos maiores, senão o maior índice de leitura per capta, tem programas de estímulo e de financiamento do governo, que possibilitam a existência de milhares de pequenas editoras para permitir a descoberta de novos talentos e alimentar o mercado editorial, livreiro e de leitura.

Na Alemanha, por exemplo, existe, praticamente, um Festival Literário por município no país, e é bem provável que não devem estar achando demais, pois, pelo que se sabe todos eles são bem concorridos. Quantos você conhece por aqui? Onde se encontra o excesso a que se referia o tal entrevistado?

Claro que o país precisa de muito mais. Além dos vários projetos como o Plano Nacional de Leitura e do Livro (PNLL), o de criação de bibliotecas, uma por município, e de estimulo ao livro e leitura iniciados no governo anterior – do presidente Lula – muito ainda precisa ser feito para vencer o desafio de anos de abandono e descaso de governos sucessivos.

Precisamos, tambem, que os professores – não só os de português – façam a sua parte no estimulo a leitura e ao livro. Isso sem falar nos pais, que teem grande responsabilidade na iniciação de seu filhos no hábito da leitura e que devem fazer a sua parte.

É disso que o país precisa na área: mais concursos literários para estimular o surgimento de novos talentos; mais festivais de literatura, de bienais do livro e de feiras do livro para promover a familiaridade do leitor com os livros e autores. (RE).

Quanto ao entrevistado e a entrevista, como diria certo humorista: “...livre pensar... é só pensar!”.

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