"Se eu soubesse, talvez não escrevesse. Quero dizer, se eu soubesse com certeza, se em cada momento pudesse proclamar taxativamente, sem vacilar, por que escrevo, e para que, para quem, talvez não escrevesse. Ou seja, quem escrevo, de cero modo, para encontrar respostas do porquê. Escrever não é um ato pensado, nem uma função natural. Não se escreve como se come ou se ama. Não se esgota o fato ao escrever o prodigioso, o doloroso, ou um outro, o milagre da escrita.
Não se esgota o escrever, o desejo inesgotável de escrever. Talvez porque seja esta a melhor forma de sobreviver à morte, a necessária morte que me assombra a cada dia."
Jorge Semprun Moura, 1923 – 2011, escritor, político e roteirista espanhol, com maior parte das obras publicada em francês.
Algumas de suas obras, em francês: La montagne blanche, L’ecriture ou la vie, L’Homme européene, Le grand voyage, Quel beau dimanche!
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