O Ivan Lessa, jornalista e escritor brasileiro, escreve sobre a
‘polêmica’ em torno do e-book e do que ele chama book-book
(livro de papel), tentando desfazer quaisquer dúvidas sobre a
superioridade ou conveniência de se optar por uma ou outra
tecnologia, confira, vale à pena!
Dou meu palpite, que é do que vivo. Fiquemos com o book-book e não o ebook.Faça você o teste que bolei há 40 anos e recomendo para avaliar aqualidade de qualquer livro. Em primeiro lugar, abra numa página qualquer etaque o dedo numa linha. Batata. Dá um tremendo plá do livro: ou besteira oulegível. New Criticism é isso aí.
Em segundo lugar, e o mais importante, abra de novo, bem no meio, e dê umaboa cafungada nele. Livro sem cheiro não é livro. Mesmo novo em folha temque lembrar, nem que seja vagamente, uma mulher que se amou muito. Se forlivro velho, comprado no sebo, tem que cheirar a pó-de-arroz, patchouli, suoresantigos e à mesma mulher que se amou muito, agora num apartamento azulcom o quarto iluminado só pela luz difusa de um abajur lilás.(...)
O objetivo de qualquer livro, mesmo aquele estalando de novo, pouco importasuas qualidades literárias, é esse: ficar, lá na estante, fazendo companhia àgente, ao lado de seus velhos amigos, outros livros, com eles conversando elembrando, em silêncio, amores passados. Todos prontos para conoscorelembrarmos tudo, comovidos como o quê.
Experimente fazer isso com um livro eletrônico.
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