Mais difícil do que escrever é publicar um livro, já que encontrar uma editora disposta a publicar nunca foi uma tarefa muito fácil, notadamente para quem não conhece as pessoas certas para azeitar o processo.
Que o digam o Paulo Coelho com o seu O Diário de um Mago, rejeitado pelas editoras, ou a J.K. Rowling passou pelo mesmo constrangimento com o seu Harry Potter e a Pedra Filosofal, primeiros de uma série vitoriosa dos dois autores.
Uma alternativa para muitos iniciantes é a chamada edição do autor, quando você mesmo financia a primeira edição do seu livro e depois se encarrega pessoalmente de sua divulgação e venda, o que não é lá muito fácil, pois, pode, inclusive, começar a perder os seus amigos, colegas ou vizinhos que terão que garantir o sucesso do seu primogênito.
Neste sentido, como sugere o escritor Alberto Mussa, no seu excelente texto, que você confere aqui, você deve usar em viagens, o dinheiro que empregaria na publicação do seu livro, quando terá a oportunidade de encontrar mais inspiração e/ou subsídios que possa utilizar em seus novos livros, e com algo “melhor” possa convencer algum editor para que faça isso por você.
Como viu acima, não é muito fácil, pois à J. K. Rowling, um editor recomendou que procurasse algo melhor para fazer do que escrever livros. Ou o caso do Osvald de Andrade que, segundo a sua filha Antonieta, morreu inseguro quanto a possibilidade de que suas obras fossem publicadas e/ou reconhecidas. Logo, não comece a achar que você é o único que não foi compreendido ou é injustiçado.
Como vê, não é fácil, mais nada que o impeça de fazer o que gosta, escrever, e batalhar pela divulgação de suas criações. Pois, fazendo o que gosta, já está com meio caminho andado, não é verdade?
Entretanto, como diria a Lygia Fagundes Teles ao responder: O que fazer para escrever bem? “Ler, ler, ler. Escrever, escrever, escrever e rasgar muito. Eu rasguei muito (…)” que se ainda não leu, você confere aqui, parece ser essencial. É como dizem outros autores, que enfatizam o risco de você se achar ou ao seu texto, um produto acabado, no sentido de perfeito.
É sabido que o escritor José de Alencar corrigia o seu texto continuamente, até mesmo depois de publicado, quando enchia as páginas da primeira edição, de alterações e correções, nunca se dando por satisfeito.
Pelo visto, este é um traço importante no processo de criação, pois, se na primeira versão se escreve com o coração, na segunda, a mente deve prevalecer, lapidando a “pedra bruta” recém garimpada da alma, do coração, como diria o poeta.