terça-feira

Roubar livros em biblioteca não tem nada de “romântico”, é roubo mesmo

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Um hábito pouco saudável que muita gente talvez não cultive, mas, cedeu à tentação em algum momento, é roubar livro em bibliotecas. É mais comum do que se imagina. O mais correto seria fazer doações de livros às bibliotecas e não roubá-las.

Um episódio recente que saiu na mídia foi o caso de um livro que foi devolvido a uma biblioteca de Ohio, nos EUA, acompanhado de uma carta de desculpas e remorso. O detalhe é que o tal livro, a biografia de Napoleão, de Emil Ludwig, só foi devolvido 60 anos depois, segundo o jornal local “The Blade”. O mais grave é que este caso – a devolução – é um caso raro, provavelmente único, pois, no geral são incorporados a uma biblioteca pessoal ou mesmo abandonado em um canto.

Dizem que todo bibliófilo que se preza é um ladrão de livros, pois, dificilmente resistiria a uma obra rara e que não tivesse. Conta-se que Dom Pedro I em visita ao Mosteiro do Caraça (MG), roubou um livro muito raro da biblioteca, e só foi descoberto muito tempo depois quando o livro que sumira da biblioteca do mosteiro, foi localizado em sua biblioteca pessoal no Rio de Janeiro.

Leia: Livros sobre Ética são os mais roubados em bibliotecas, diz pesquisa

Apesar do aspecto romântico do episódio, no geral é um hábito condenável de extremo egoísmo, pois, ao suprimir um livro de uma biblioteca pública, impede o acesso de um número muito grande de leitores por um tempo indeterminado, que poderiam se beneficiar com o seu uso e leitura. O agravante é que, quem o faz tem critérios muito seletivos e rouba livros raros, fora de edição e por um capricho, sem contar a natureza do lance: roubo puro e simples.

Dados da última pesquisa sobre os hábitos de leitura no Brasil, apontam que o índice de livros lidos subiu de menos de 2 livros per capita para 4,7, além de um dado interessante segundo o qual apenas 1,1 livro foi efetivamente comprado, o que demonstra a grande importância das bibliotecas.

Portanto, se faz ou se flerta com esta “prática”, é o momento de repensar, senão começar a fazer o contrário, doar livros às bibliotecas que conhece.

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