O “poeta
musical”, continua nos brindando
com sua verve criativa, literária e colecionando reconhecimento internacional.
“Chico
Buarque é o vencedor do prêmio Roger Caillois 2016 na categoria
Literatura Latino-Americana. O júri da premiação justificou a escolha pelo
conjunto da obra, apontando que, além de sua reconhecida trajetória como cantor
e compositor, Chico Buarque também é dramaturgo, autor de cinco peças de teatro,
e romancista, com cinco livros publicados.
A premiação acontece em
Paris no dia 30 de janeiro. Além de Chico Buarque, também serão premiados os
escritores Régis Debray, na categoria Literatura Francesa; Alain Corbin, na
categoria Ensaio; e Jacques Ancet, na categoria Tradução. Chico Buarque é o
segundo brasileiro a receber o prêmio Roger Caillois. O primeiro foi o poeta,
ensaísta e tradutor Haroldo de Campos em 1999.
Na categoria Literatura
Latino-Americana já foram premiados, entre outros, os escritores Mario Vargas
Llosa (2002), Alberto Manguel (2004), Ricardo Piglia (2008) e Roberto Bolaño. O
prêmio Roger Caillois foi criado em 1991 pelo PEN Club da França, em parceria
com a Casa da América Latina e a Sociedade dos Escritores e Amigos de Roger Caillois,
sociólogo e crítico literário morto em 1978.
Na França, os livros de
Chico Buarque são publicados pela editora Gallimard. O mais recente, “O Irmão
Alemão”, relato sobre a busca do autor por um irmão desconhecido, foi traduzido
para o francês em 2016. No Brasil, o romance foi publicado pela Companhia das
Letras em 2014. Os outros romances publicados por Chico Buarque são “Estorvo”
(1991), “Benjamin” (1995), “Budapeste” (2003) e “Leite Derramado” (2009).
Chico Buarque também
publicou os livros “Chapeuzinho Amarelo” (1970), de literatura infantil; “Fazenda
Modelo” (1974), relato alegórico sobre a ditadura militar no Brasil; e “A Bordo
do Rui Barbosa”, relato de viagem escrito entre 1963 e 1964 e publicado em
1981. Também foram publicadas em livro suas peças teatrais “Roda Viva” (1967);
“Calabar” (1973), co-escrita com o cineasta Ruy Guerra; “Gota d’Água” (1975);
“Ópera do Malandro” (1978); e “O Grande Circo Místico” (1983).
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