E
viva o livro de papel! É verdade,
precisamos comemorar... Quem já tentou ler um “e-Book” sabe o “ó” que é a coisa.
A
notícia é muito boa, pois, a onda de modernidade, entre aspas, que parece
assolar o mundo, no bom e no mau sentido, vem “levando tudo de roldão” e
deixando muita coisa boa, mesmo, pra trás.
Quem
lê, sabe as diferenças. Um livro de papel, como se diz, é insubstituível.
Tomara
que a moda pegue e voltemos a ter/ver livros
sem aquele olhar preocupado/temeroso... Ou a nossa estante como algo meio
vintage... Coisa de museu.
"Colosso midiático alemão aposta na força dos livros de papel
(Bloomberg) -- Você se lembra dos
livros - sabe, aquelas coisas impressas com tinta em papel? Eles morreram com a
chegada dos livros eletrônicos como o Amazon Kindle, não é? Não. As vendas de
livros físicos subiram nos três últimos anos nos EUA e Thomas Rabe prevê
grandes lucros com elas. O setor editorial "é e continuará sendo um dos
nossos negócios básicos estratégicos", diz o CEO da Bertelsmann, um
conglomerado alemão fundado em 1835 como editora de hinos de igreja que hoje
emprega 117.000 pessoas em TV, revistas, educação e mais.
Rabe está prestes a aumentar sua
participação de 53 por cento na Penguin Random House após sua sócia, a Pearson,
revelar que planeja vender sua participação de 47 por cento. Em 2012, as duas
empresas fusionaram seus ativos editorais para ganhar mais peso frente a nomes
como Amazon.com, Apple e Google. Em 2015, a Penguin Random House, a maior
editora do mundo, aumentou as vendas para 3,7 bilhões de euros (US$ 4 bilhões)
frente a 2,7 bilhões de euros em 2013. Isso aconteceu graças à presença em
mercados de crescimento rápido, como a Índia, e a grandes sucessos como o
thriller de Paula Hawkins "A Garota no Trem" e a série
"Cinquenta Tons de Cinza", de E L James. Em 2015, os lucros da
editora deram um salto de mais de 50 por cento em relação ao ano anterior, para
557 milhões de euros, e a participação da Pearson poderia valer US$ 1,5 bilhão,
estima a Liberum Capital.
Embora a Bertelsmann, controlada
pela bilionária família alemã Mohn, não tenha fornecido detalhes específicos,
Rabe diz que está interessado em comprar a participação da Pearson.
"Faremos tudo para orientar essa empresa para um crescimento maior",
disse ele. Uma aquisição seguiria o padrão de Rabe de aumentar seu compromisso
com setores que ele considera fundamentais. Em 2014, ele comprou os 25 por
cento da editora alemã de revistas Gruner + Jahr que a Bertelsmann não possuía,
terminando uma parceria de 45 anos com a família Jahr. Um ano antes, a
Bertelsmann assumiu a propriedade total da editora musical BMG Rights
Management da casa de private equity KKR.
A aposta em livros seria grande para
um setor que apenas alguns anos atrás era desprezado e considerado um
dinossauro analógico na floresta digital. Uma análise dos dados desde a virada
do século, com o aumento dos títulos digitais, dos audiolivros e das
autopublicações (que excluem nomes como a Penguin Random House), há motivos
para se preocupar. A receita das editoras não mudou muito nesta década, a
informação antes obtida em categorias de livros que eram grandes geradores de
lucro - pense em dicionários, enciclopédias e atlas - agora pode ser acessada
on-line grátis. Contudo, os livros ainda produzem margens saudáveis para
gigantes que se beneficiam de economias de escala quando produzem grandes
sucessos dos autores mais populares. A Penguim Random House, dona de 250
editoras em cinco continentes, publicou cinco dos 10 livros de papel mais
vendidos nos EUA no ano passado.
"O mercado de livros está muito
melhor do que as pessoas projetavam há cinco anos", diz Ian Whittaker,
analista da Liberum Capital.
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